PREFEITO INAUGURA UNIDADE DA REDE COZINHA ESCOLA PARA DISTRIBUIR 400 REFEIÇÕES POR DIA NO JARDIM CLÍMAX
Programa já forneceu mais de 2,9 milhões de refeições em todas as regiões da cidade e integra ações de segurança alimentar da Prefeitura
O prefeito Ricardo Nunes inaugurou, nesta segunda-feira (3), uma unidade da Rede Cozinha Escola na Associação Água no Deserto, no Jardim Clímax, Zona Sul. O programa foi criado em agosto de 2023, pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), e faz parcerias com Organizações da Sociedade Civil que recebem recursos para fornecer, no mínimo, 400 refeições prontas, de segunda a sábado, para pessoas em situação de vulnerabilidade.
“O Cozinha Escola integra o programa de segurança alimentar da cidade, que é muito robusto. São 65 entidades que fornecem 400 refeições de segunda a sábado. Também temos a distribuição de 7 mil cestas básicas por dia, temos o Cozinha Solidária”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes, enumerando algumas das ações de segurança alimentar desenvolvidas pela Prefeitura de São Paulo.
De acordo com Nunes, no Rede Cozinha Escola a entidade é da comunidade e faz parceria com a Prefeitura para disponibilizar as refeições.
“Além de realizar esse trabalho, que é fundamental, fornecendo a alimentação, também há a integração da entidade com a comunidade, o que fortalece os laços”, enfatizou o prefeito.
Trabalho e renda
Além de oferecer alimentação saudável, a Rede Cozinha Escola gera empregos nas regiões nas quais está localizada, o que ainda proporciona oportunidades de formação em cozinha, inclusive para os beneficiários do Programa Operação Trabalho, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET).
“Cada unidade gera nove empregos formais e as pessoas que participam do Programa Operação Trabalho são capacitadas na prática, na lida diária, produzindo centenas de refeições”, destacou a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine.
Mais de 2,9 milhões de refeições na capital
Até 29 de maio, a Rede Cozinha Escola já distribuiu mais de 2,9 milhões de refeições em todas as regiões da cidade. O programa é financiado pelo Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo (FAASP), que é gerido pela SMDHC e tem previsão de R$ 351 milhões do Orçamento da cidade em 2024.
A alimentação saudável, variada e gratuita é apreciada por pessoas como a aposentada Margarida Rocha, 62 anos, que frequenta a unidade do Jardim Clímax diariamente. “Não saio daqui. Aliás, é difícil eu não vir. A gente conhece as pessoas, já fiz até amizade na mesa, além de ser tudo muito bem-cuidado e a comida deliciosa”, descreveu Margarida.
Para Sérgio Nascimento de Jesus, 23 anos, fazer suas refeições na Cozinha Escola é uma forma de economizar pois, no momento, está desempregado. Ele almoça por lá todos os dias e destaca a importância da variedade no cardápio. “Comer aqui tem me ajudado bastante. Podemos também fazer uma marmita e levar a comida para casa. E sempre é tudo muito bom”, elogiou.
De acordo com a técnica de alimentos da unidade, Débora Viana, o cardápio desta segunda-feira era composto por arroz, feijão, saladas de alface, repolho roxo e beterraba com gergelim, além de berinjela recheada com lentilha, tomate e queijo. Pudim e maçã foram servidos como sobremesa.
Programas de Segurança Alimentar
A Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento (SESANA), vinculada à SMDHC, também é responsável por outros cinco programas de segurança alimentar. O Armazém Solidário é um mercado no qual a população de baixa renda pode comprar produtos alimentícios, de higiene pessoal e limpeza a preços até 50% mais baratos do que os praticados em outros estabelecimentos. O programa beneficia as pessoas inscritas no CadÚnico (Cadastro Único).
No Armazém Solidário é possível adquirir os produtos da cesta básica, hortifruti, leite, ovos, carne, frango e peixes, assim como pães, sucos naturais, e também fraldas, absorventes e até repelente contra o mosquito da dengue. Não há comercialização de produtos ultraprocessados.
A cidade conta com três unidades desse serviço – São Miguel Paulista, City Jaraguá e Jaraguá -, que já venderam mais de 805 mil itens para 57.185 clientes até o último dia 18. O ticket médio de compras é de R$ 72,68. Até o fim deste ano, a previsão da Prefeitura é disponibilizar um total de sete mercados do gênero.
Outro projeto que visa atender os mais vulneráveis com alimentação saudável todos os dias é o Bom Prato Paulistano. Duas unidades foram implantadas na Zona Sul, em M’Boi Mirim e Parelheiros em dezembro de 2022, em parceria com o Governo do Estado.
Essas unidades fixas oferecem café da manhã (R$ 0,50) e almoço (R$ 1). População em situação de rua e crianças até seis anos não pagam. Em 2023, foram servidas mais de 802 mil refeições. Neste ano, a marca já ultrapassou 393 mil.
Banco de Alimentos
Por meio do Banco de Alimentos da Prefeitura são comprados e arrecadados alimentos das indústrias alimentícias, redes varejistas e atacadistas que estão fora dos padrões de comercialização, mas sem restrições de caráter sanitário para o consumo. Esses itens são doados às entidades assistenciais, previamente cadastradas no programa, contribuindo assim no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Até o mês de maio foram entregues 397 toneladas de produtos.
Dois importantes programas da Administração Municipal remontam à época da pandemia – o Programa Cidade Solidária, de distribuição de cestas básicas; e a Rede Cozinha Cidadã, de entrega de marmitas.
Em 2023, o Cidade Solidária distribuiu 1,6 milhão de cestas básicas. Neste ano, foram mais de 500 mil unidades, ofertadas por meio de mais de 2.300 Organizações da Sociedade Civil (OSC), que atendem públicos vulneráveis de diversos perfis e para os povos indígenas no município. São distribuídas, em média, 7 mil cestas por dia útil.
Já a Rede Cozinha Cidadã conta com 83 restaurantes credenciados que fornecem 16.600 marmitas por dia, em 43 pontos da cidade para população de baixa renda e em situação de rua. Em 2024 já foram entregues mais de 2,4 milhões de refeições.
Além de combater a fome, os programas de segurança alimentar da Prefeitura têm como objetivo promover a educação nutricional, a valorização da cultura alimentar, a promoção da saúde, geração de renda e fortalecimento da cidadania.
Alimentômetro
Para avaliar a quantidade de refeições prontas entregues pela Prefeitura, via SMDHC, a Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento criou o Alimentômetro, que é atualizado diariamente e pode ser acessado neste link.